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Conversando sobre
Seu João
“O ideal é que pudéssemos
ter mais Joãos Claudinos”
Entrevista
JIMMY NAPOLEÃO
ALVES
EMPRESÁRIO
mensagem do Paraíba, e ele também
conquistava o cliente daquela forma,
não só por estar presente na porta
dele, por ter um catálogo que encan-
Douglas Machado expert em comunicação! E gostava tava. No interior, a gente tinha notícia
Você me disse que quando me- de fazer aquilo ali, se envolvia muito de quando ia chegar o caminhão do
nino morava em Fortaleza e, nas bem, aquilo era uma coisa bem ani- Paraíba, não é? Então, isso é como
férias, em Teresina se encantava, mada. E nós não tínhamos televisão. que hoje alguém na internet espera
como outras tantas crianças, com Depois passamos a ter televisão e um lançamento de um vídeo. Então,
as bolas jogadas quando o avião ele passou a fazer o aniversário do no seu tempo, o Seu João sempre foi
do Seu João passava. E pegou Paraíba, toda aquela divulgação, era um visionário, ele sempre enxergou
algumas, inclusive! Aos olhos de um evento que as cidades, porque às bem além, essa era uma das carac-
hoje, já como empresário, como vezes ele fazia o aniversário em mais terísticas positivas do Seu João.
você reflete sobre essas estraté- de uma localidade, aquela festa toda,
gias de comunicação? e muita gente ficava aguardando, era Você fez um comparativo muito
um período que havia sorteio, com bom, de como o Seu João usava
Jimmy Napoleão aquela coisa toda, a premiação. E naturalmente as relações com o
O Seu João tinha ideias extraor- depois, a gente vendo essa trajetória cliente, muitas vezes até sem re-
dinárias. A maneira dele, se traçar- do Seu João, chega o momento da cursos, bem no começo ainda, e
mos um paralelo do que era aquela internet, dos sites e do delivery, que que hoje você alinha aos influen-
época e hoje, nós podemos dizer, por é uma coisa bem moderna, bem dos cers, às redes sociais.
exemplo, vendo a história do Paraí- últimos tempos, e Seu João já fazia Era a maneira dele fidelizar o
ba, que quando o Seu João come- aquilo à maneira dele, porque o Seu cliente. O cliente sempre foi muito im-
çou lá em Bacabal, ele já subia num João tinha o folheto do Paraíba, e o portante para o Seu João. Isso era a
caminhão que tinha um autofalante delivery dele era o “porta a porta” que meta dentro do negócio do Seu João,
e lá, no microfone, ele levava a sua ele tinha. Então, era extraordinária a a satisfação do cliente dele. Ele mui-
mensagem, aquilo era uma forma capacidade do Seu João! E aquilo tas vezes se via como o próprio clien-
de comunicação. Seu João era um surgia dele mesmo, de poder levar a te, e aquilo era importante para você
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