Page 19 - Revista O Sucesso (542)

local. Com a mediação de Douglas
Machado e as participações dos ar-
tistas Arimatan Martins, Lari Sales,
Bid Lima, Maneco Nascimento e
João Vasconcelos, eles relataram
suas histórias e relações com o
teatro.
“Quase todos os grupos de tea-
tro do Piauí nascem no palco-ber- Roda de Conversa ‘A Cena Vestida
ço do Theatro 4 de Setembro. Lá, de Poética’ com João Vasconcelos e
sempre foi esse centro formador. É Maneco Nascimento
a maior casa de espetáculo do es-
tado, talvez a única com esse porte e vi Paulo de Tácio voltando com o no teatro e vi uma peça do grupo
de teatro mundial. E o Harém veio espetáculo “A fala do rio”. Foi com teatral Pesquisa e, quando eu vi,
com esse vetor de divisor de águas, isso que fiz minha primeira oficina”, deu aquele negócio. Achei o que
na forma de encarar o teatro como contou. eu queria para minha vida”, narrou.
exercício estético e levar isso a sé- Já para Lari Sales, uma das A atriz Bid Lima reforça que
rio como profissão em nosso esta- mais celebradas e premiadas atri- os eventos realizados pelo sho-
do”, afirmou o diretor dramaturgo zes piauienses, a paixão pelo tea- pping são um marco significativo
Arimatan Martins. tro surgiu com o cinema, já que o que vêm reforçar a importância do
Para o ator e diretor do Com- Theatro 4 de Setembro fazia exibi- teatro, porque celebramos essa
plexo do Theatro 4 de Setembro, ções de filmes desde 1901. “Nasci história. “O teatro é emblemático,
João Vasconcelos, a relação com o no interior, em Buriti dos Lopes, e ele reconhece o seu papel na for-
teatro começa nas oficinas que ali logo após vim morar em Teresina. mação cultural e artística do Piauí,
aconteciam. “A primeira inspiração Quando fiquei adolescente, não e essa exposição não só homena-
vem das novelas e a partir dali eu já sabia o que queria ser, mas tinha geia a trajetória do Theatro 4 de
sabia que iria trilhar esse caminho. uma paixão por cinema. E o meu Setembro, mas também sensibili-
Com isso, veio o curso de cinema e, primeiro contato com o teatro foi za o público sobre a relevância do
tempos depois, eu entrei no teatro para ver cinema. Depois, entrei teatro, a vida cultural da cidade e
dos artistas. Ela
oferece uma
oportunidade
única para que
mais pessoas
conheçam e
valorizem nos-
so patrimônio
cultural local,
promovendo um
sentimento de
orgulho e per-
tencimento. Isso
é muito impor-
tante”, finaliza.

Roda de Conversa Lari Sales fala de suas
‘Grupo Harém de Teatro’ vivências no teatro
com Arimatan Martins

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